quarta-feira, 27 de julho de 2011

A dor

Acordo. Lágrimas escorrem pelo meu rosto. É como se chorasse sangue, de tanto que dói. Me mato pra fazer tudo certo, e sinto que vou perdê-la. Sobrevivo a base de calmantes. E já  me foi decidido: O dia em que  ela arrumar as coisas e se for, eu me vou também. Mas, por uma única vez, não vou atrás. Vou um pouquinho mais pra baixo, pra um lugar que não sei ainda se é pior, ou se é melhor. Mas, qualquer coisas será melhor do que a dor de sua partidade. Respira. Inspira. Decisão tomada. Aliviante. Agora, lá vou eu novamente trabalhar, cambaleando pela rua e sentindo que estaria muito melhor debaixo de um ônibus.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Você falou e prometeu.

Na rua, em crise. Pessoas e carros passando e eu não prestando a menor atenção. A cabeça parecendo prestes a explodir. O coração bombeando mais sangue do que eu posso aguentar. Tenho que conseguir trabalhar. Tenho que ir no meu tio. Tenho que ir no meu pai. E no entando, só consigo querer chegar logo em casa. Chegando, me pergunto: por que? pra que?
Entro em casa quase que cambaleando, com o peito em aperto, o nó na garganta e os olhos querendo transbordar. Chego e me jogo de encontro ao colchão. Você parece nem me notar. Encontra-se  preocupada demais com shows e pessoas com vontade de abraçar um elefante. E eu? Eu só queria o seu abraço. Eu só queria passar pela porta e encontrar os seus cuidados. Como quando eu te ligava desesperada e a sua voz me acalmava, ao ouvir você dizer que já ia chegar pra mexer no meu cabelo. Você chegou. Só que às vezes acho que esqueceu o amor por mim em casa. Deixou o seu calor no Rio. Perdeu a visão...
Me sinto invisível aos seus olhos. Sempre pensando em mil maneiras de te agradar, de fazer você ficar, se não feliz, ao menos satisfeita. De fazer você perceber que estou aqui pra qualquer coisa. Pra fazer carinho pra você dormir, pra mudar o canal da tv pra você, pra fazer algo pra você comer, pra sair no frio de Sp pra comprar água gelada. Mas, ultimamente, é como se eu olhasse pro lado e não visse você. Como se você tivesse se perdido pelo caminho, e por mais que eu tente encontrar, não consigo. É como se qualquer coisa fosse mais importante que eu. Pode ser injusto, pode ser cruel, ou posso estar cega. Talvez as minhas dores sejam tão grandes, que acabaram por cegar a minha visão. Talvez eu seja egoísta. Talvez. Talvez. Talvez. Estou cheia de "talvezes", sem ter certeza de nada.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

São Paulo é um buquê.

A surpresa. A escolha do shopping. O jantar num fas food qualquer. A sua mão na minha. O clima leve. As brincadeiras idiotas. A conversa descontraída. O riso despreocupado. O beijo delicado. A perfeição do momento. A pretenção de chegar em casa e te ter... Tudo isso, destruído. Em seu lugar, instalado uma vontade de sair destruindo tudo. Um ódio por todos esses carros, prédios e pessoas apressadas. Ao invés do esperado amor no fim da noite, vou dormir com a ajuda de um comprimido que me leva pra longe de São Paulo.

"Buquês são flores mortas"

  © Blogger template Brooklyn by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP