segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A minha dor me invade.

Buraco no peito. Sensação de fracasso. Pele arrepiada. Cabeça pesada. Estomago embrulhado. Frio. Calor. Crise. Suor. Vazio. Vazio. Vazio...
Não, não vou ficar aqui sozinha quando você se for. Não, não vou viver. Alguns talvez achem idiota, né? Deixar de viver por alguém que não te quer. Mas e quando esse alguém significa tudo? É o amigo que você confia. É a responsável que zela e cuida. É o amor que esquenta no frio, que ama. Me diz, qual sentido que tem tudo isso sem você? Pra quem eu vou mandar mensagem falando que fui bem no trabalho? Pra quem eu vou comprar chocolate e pão de queijo na volta do trabalho? Coisas pequenas, coisas fúteis, coisas inúteis. Coisas que tem todo o significado e importância do mundo pra mim.
Com você, nunca mais me senti, de fato, sozinha. Tenho alguém pra dar bom dia, tenho alguém pra dormir abraçado. Tenho alguém que cura os meus medos, e deixa um único, que é o  medo de ter que aprender a viver sem. Não, não vou viver com esse vazio, com esse enjoo, com esse pedaço do peito faltando.

Pai, Tio, Avó, Mãe, Amigos. Desculpa. Não, eu não sou forte. Não, eu NUNCA fui. Feliz? Também nunca fui, até hoje. E depois de conhecer isso, não posso me permitir viver sem. Sempre chorei sozinha a noite. Sempre quis alguém que cuidasse de mim. Sempre quis amar alguém, como eu amo, e ser correspondida, como eu fui até agora. Nunca quis viver, de fato. Acho que desde a mais tenra idade, desejo partir para um outro mundo. Melhor, ou pior, tanto faz, só diferente desse. Covardia, coragem, não sei. E nem me importa. Na realidade, no momento, nada me importa.

"O meu amor explode"

Palavras, ao vento...

Pegue as suas palavras bonitinhas. Os seus "Eu te amo!" prontos. A sua saudade vazia. E ENFIA TUDO NO MESMO LUGAR. Não quero só palavras. Quero atitudes. Quero saber que você se importa. Quero sentir você. Mas você insiste em perder pedaços de mim de 10 em 10 segundos.

A metade

Acordamos tarde, por volta das 11 da manhã. Enrolamos mais um pouco na cama até ter fome o suficiente para conseguir sair de casa. No mercado, a fila grande como sempre, me faz ter tempo de sobra; tempo de pensar. Penso demais, sinto demais e entendo de menos. Começo a lembrar-me daquele maldito domingo, e no remorso e tristeza  que senti por ter você longe de mim... Mal conseguia levantar, respirar... Era só a dor queimando meu peito. Não conseguia raciocinar. Não conseguia querer outra coisa, que não estar perto de você. Eu inalava ar. Mas o ar não enxia meus pulmões. Sentia o choro vir, as lágrimas escorrerem. Achava que você nunca mais olharia na minha cara. E essa possibilidade, não me era cabível. Sem você, não sou. Não sou.

domingo, 14 de agosto de 2011

Aos que sofrem, por fim o céu.

Nas primeiras horas do dia 14 de Janeiro de 2011, me acordava estranhamente insone e ansiosa. Era o dia em que você vinha pra São Paulo. O tão aguardado dia em que aguardava alguma coisa. Só não sabia ao certo "O quê". Mas tinha medo. Medo de você não gostar, medo de você não me querer, medo de ser rejeitada, medo de você desistir de vir, medos e mais medos. Fiquei o dia todo querendo que a noite chegasse logo. Sai de casa HORAS antes do combinado. Cheguei no encontro HORAS antes do combinado. E nada de você. E nada de você...

Até que chegaste. Com uma calça xadrez e uma expressão de cansaço no rosto. Minha vontade era descer a rua correndo e te abraçar loucamente. Mas me contive. Queria ficar perto de você, mas não sabia como. Tentei chamar a sua atenção, e acho que acabei afastando. Quando estava no auge do desespero, fui pro tudo ou nada. E o tudo me foi dado. E de lá pra cá, apesar de constantes brigas idiotas, só consigo me apegar mesmo a todos os outros dias de amor. E  posso dizer que esse um mês, foi um dos melhores que já tive. Tanto internamente, comigo mesma, quanto com alguém ao meu lado. Alguém que eu amo, e que eu quero SIM, por que não, ficar junto pra sempre? Alguém que me compreende. Que me entende. Que lê pra mim. Que faz carinho no meu cabelo. Que cuida. E cuida MUITO bem. 
É amor. De lá pra cá, já são sete meses. Mais que a metade de um ano. E um ano é quase dois anos. E dois anos haha. E que isso não seja NADA, comparado ainda ao que tem por vir. Amo muito <3

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Impulsividade

O dia em que eu parar de te agradar, você vai sentir falta. Arrisco a dizer que tanto quanto eu sinto de alguém que me agrade. Diante da sua grosseria, eu me pergunto, não pela primeira vez, o que me impede de virar as costas e sair andando. Resposta: não há.
Lealdade? Cumplicidade? Amor?
Mas não deveria meu amor próprio ser maior do que o meu amor por você, já que o seu assim o é? Paro e penso. Questiono-me novamente. Resposta: Não há.

12 de Julho

Você sente que dói quando cada batida do seu coração implora pelas letras do alfabeto. Quando constata que "nem toda experiência é válida". Quando a visão está turva, porém, retoma-se num lapso de desespero. De verdade? Estou cansada de tanto sentir, de tanto querer, de tanto tentar em vão. Cansada de ter tudo para a vitória e insistentemente só conhecer o fracasso. Sempre me joguei de cabeça em tudo o que quis. Hoje, minha única vontade é me jogar da janela do 20º andar.

"Se você for, eu vou correr"

Sobre sentir falta.

Hoje parei pra pensar sobre "sentir falta". Percebo que não sinto falta de pessoas e coisas, mas de épocas. Sinto falta de quando tinha 16 anos, de quando me drogava pra caralho e não tinha limite pra porra nenhuma. Sinto falta de como me sentia quando estava com meus amigos, enchendo a cara e ouvindo uma banda de rock independente qualquer. Mas, não sinto falta das drogas, nem da companhia daquelas pessoas. Sinto falta de quando tinha minha "liberdade", mas não sinto a mínima falta da noite, ou dos roles na Augusta. Sinto falta da época do FC. De viajar, de enxer a cara, de zuar na rua. Mas ao mesmo tempo, não sinto falta de quem fazia isso acontecer. Hoje vejo que são poucas aquelas pessoas que me fazem verdadeiramente falta. Vejo que quem passou pela minha vida, ficou marcado por um sentimento de saudade da época, pelo o que me fizeram ser, ou pelo o que me fizeram sentir. O que me faz voltar pro presente, e me faz querer aproveitar ao máximo a companhia desse ser humano que está aqui ao meu lado. Que ela se faça marcar não somente pelo o que já foi dito acima, mas também, por tudo aquilo que ela realmente é.

"O futuro é o presente e o presente já passou"

Canivete Suiço

Quando a dor e a raiva tomam conta de mim, de forma tão intensa, preciso fazer com que ela se vá, porém, várias são as maneiras de isso acontecer. Uma delas, é a auto-mutilação. As pessoas acham que você é desequilibrado, que é isso, que é aquilo, mas não sabem a benção que é colocar todo o seu sentir em seu físico. É como se toda a dor, ou ódio, ou qualquer sentimento, fosse embora com o seu sangue. É como se o sangue saísse diretamente do seu coração, e por isso, alivia-se a dor. Mas a outra opção que sangra tanto quanto é eficaz, são as palavras. Pare, pense, se inspire e escreva. Coloque toda a sua dor nas suas palavras. Deixe sair toda a sua dor.
Hoje, escrevo para ti não com a tinta da minha caneta; escrevo com o sangue da ferida que você causou.

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